Com o objetivo de compreender desafios contemporâneos enfrentados pela judicatura, a ANAMAGES marca presença na 17ª Conferência Bienal da International Association of Women Judges (IAWJ), que ocorre de 9 a 12 de abril, na Cidade do Cabo, África do Sul, sendo representada pela Magistrada Mirella Cezar Freitas, do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão.
O evento reúne magistradas de todo o mundo e representa um espaço estratégico para o intercâmbio de experiências, boas práticas e políticas judiciais com foco na equidade de gênero, fortalecimento democrático e proteção de grupos vulneráveis.
A abertura do evento, no dia 9, contou com a presença do Presidente da República da África do Sul, Matamela Cyril Ramaphosa, e da Ministra da Justiça e Desenvolvimento Constitucional da África do Sul, Mmamoloko "Nkhensani" Kubayi.
A programação contempla temas urgentes como: Justiça climática e o papel das mulheres magistradas na promoção de decisões transformadoras; interseccionalidade e direitos humanos; liderança feminina no judiciário e bem-estar institucional; enfrentamento à violência institucional e de gênero, incluindo tráfico de pessoas e feminicídio; interseção entre gênero, tecnologia e inteligência artificial.
No último dia do evento serão apresentadas as considerações finais da Juíza Mina Sougrati, Presidente Eleita da IAWJ, que também ocupa o cargo de Presidente da União das Mulheres Juízas Marroquinas, além de ser integrante do Tribunal Administrativo de Casablanca.
O Presidente da ANAMAGES, Juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima, considera que a presença da ANAMAGES em espaços como este reafirma o comprometimento da entidade com a valorização da magistratura estadual, com o avanço da igualdade de gênero no sistema de justiça e com o protagonismo brasileiro no cenário internacional.
A Juíza Mirella afirmou que estar ao lado de mais de 800 juízas de todo o mundo é uma experiência profundamente inspiradora. “Representar a magistratura brasileira por meio da ANAMAGES, neste espaço de diálogo internacional, é motivo de grande orgulho e responsabilidade. A troca de experiências, os debates sobre justiça climática, interseccionalidade, liderança feminina e enfrentamento da violência institucional revelam o quanto a atuação das mulheres no Judiciário pode e deve ser transformadora”, disse.
A Magistrada compreende que a presença brasileira nesse encontro reafirma o compromisso com uma justiça mais inclusiva, sensível às desigualdades e atenta à proteção de grupos vulneráveis. “Volto com a certeza de que seguimos firmes, conectadas e em rede, movendo estruturas e construindo pontes”.